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Proseando com o Emocional

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Prosear com as emoções pode ser um pouco da minha história…A jornada de 23 anos como psicóloga tem sido uma incrível jornada de autodescoberta e de crescimento profissional constante. Desde o início, meu objetivo foi ajudar pessoas que estavam passando por diferentes formas de sofrimento emocional, e ao longo dos anos, tive a oportunidade de me aprofundar em diversas áreas da psicologia. Minha trajetória teve início em Minas Gerais, onde minha atuação estava voltada para auxiliar adolescentes cumprindo medida sócio-educativa ( Em L.A Liberdade Assistida) e suas famílias.

Lidar com adolescentes em conflito com a lei e suas famílias foi um desafio enriquecedor. As dores psicológicas que eu presenciava eram intensas, envolvendo sentimentos de raiva, culpa, medo e desespero. Meu trabalho era fornecer um espaço seguro para esses jovens expressarem suas emoções e ajudá-los a encontrar caminhos alternativos para lidar com suas dificuldades. Ao mesmo tempo, trabalhava com as famílias para fortalecer os laços afetivos e proporcionar um ambiente mais acolhedor para a recuperação desses adolescentes.

Psicóloga Daniela Carneiro
Psicóloga Daniela Carneiro

Minha jornada me levou a São Paulo, onde passei a me dedicar a um cuidado especial de casais com relacionamentos frustrados. Os estudos na área da Psicologia Sistêmica e sobre as dinâmicas relacionais me forneceram subsídios para a psicoterapia de casal.

As dores emocionais em casais podem ser igualmente desafiadoras, com sentimentos de desgaste, desconfiança e comunicação falha. Meu papel era auxiliar esses casais a compreenderem suas emoções e a se comunicarem de maneira mais eficaz, promovendo a resolução de conflitos e a reconstrução de relacionamentos saudáveis.

Além disso, em São Paulo, tive o privilégio de trabalhar com brasileiros que moram no exterior por meio da tecnologia digital, que desde 2008 me auxiliou, sempre gostei muito deste mundo digital, aprendo muito com esta área que considero imprescindível no nosso dia a dia .

Muitas vezes, essas pessoas que moram fora do país enfrentam desafios específicos relacionados à adaptação a uma nova cultura, solidão e saudades de casa. Fornecer suporte psicológico a brasileiros expatriados permitiu-me ajudá-los a lidar com as complexidades emocionais de viver longe de sua terra natal. Atualmente, estou em Valinhos, onde atendo presencialmente e também realizo atendimentos online.

A psicologia é uma profissão que continua evoluindo, e estou comprometida em acompanhar essa evolução para melhor atender às necessidades emocionais das pessoas. Minha carreira tem sido uma jornada gratificante de aprendizado, empatia e conexão humana, e sigo motivada e determinada para continuar auxiliando aqueles que buscam apoio em suas jornadas emocionais.

Minhas Confissões

Onde estou? Quem sou?…
Queria poder transmitir-lhes minha vontade
de entrar na “casa dele”, habitar ali
e sentir, bem de perto, suas alegrias e pesares.
Seria maravilhoso poder descrever-lhes, em tons fortes,
minha inquietude na espera de ser convidado a ultrapassar
a porta que separa o seu mundo do meu.
Bom seria também se vocês pudessem sentir
o sorriso que se abre dentro de mim,
quando abandono minha vida lá fora e
me entrego – todo – à vida dele.
Fico feliz quando ele me toma pela mão
e me leva a conhecer cada recanto de sua morada.
É como se eu deixasse de existir, me perdesse no universo dele…
– E começa a procura…
Aqui e ali nos desencontramos,
pois “a casa” tem muitos cômodos, e nós não a conhecemos bem.
Ele não tem, também, muita idéia de como é sua própria casa.
Somos dois exploradores de mãos dadas…
Os dias se passam e, muitas vezes, estamos “parados”, no mesmo lugar…
Não sabemos por aonde ir, o que fazer…
Ele dá um sorriso alegre – “encontrou” um velho e querido brinquedo esquecido
pelo tempo que já longe vai…
É uma boneca de pano – velha, mas linda!…
É um carrinho sem rodas que lhe faz brotar – lá do fundo – uma lágrima de dor.
É um nome – Pedrinho – que faz com que seu corpo todo seja – de alegria – um
tremor só: foi uma época inesquecível!!!…
É um olhar fugidio e um ar de tristeza: uma gaiola já enferrujada e vazia…
Seu mundo vai-se tornando também meu.
Posso quase tremer de alegria, ou chorar de tristeza, ao “lembrar” de nomes e
ao “ver” objetos.
E eu “não existo” naquele momento…
Eu “sou” o outro.
Eu vivo muitas vidas além da minha.
Eu me sinto um velho… Eu me sinto uma criança…
Sinto-me EU. Sinto-me ELE, fazendo-me as mesmas perguntas:

Onde estou? Quem sou?

Ser Psicólogo

Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar,
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação
de que temos  instrumentos capazes de
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,
ver sem me escandalizar,  e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra esperança, esperar.
E quando falar, tiver consciência do peso da minha palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações  e esperanças testemunhadas,
sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de
ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que
não tinha com quem contar para dividir sua solidão,
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir
que isso só começa quando a gente consegue
realmente se conhecer e se aceitar.
(W.M)

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