dependente afetivo e emocional
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Dependente afetivo, você pode ser um?

Como funciona um dependente afetivo nas relações humanas?

dependente afetivo sofre um conflito muito grande. Busca uma satisfação de seu desejo e ao mesmo tempo se protege do medo e insegurança causada por suas angústias.

Eu sou um dependente afetivo?

A dependência afetiva é consequência de diversos fatores comportamentais, psicológicos e hereditários, não podemos especificar um único motivo para justificar este comportamento.
Naturalmente imaginamos que uma pessoa dependente afetivo ou dependente emocional sofre muito porque vive um eterno conflito entre ajudar o outro, ser aprovado o tempo todo, não errar, se sentir sempre aceita, evitar ao máximo qualquer situação onde possa se sentir rejeitada. E mesmo demonstrando por alguns segundos o sentimento de raiva ou desgosto, retorna ao ponto original de submissão, arrependida de tal atitude.

Características de um dependente afetivo

• Sente enorme desconforto em quando estão sozinhos.
• Dificuldades em tomar decisões.
• Dificuldade para discordar do outro.
• Não conseguem iniciar projetos por medo da desaprovação.
• Quando seus relacionamentos amorosos terminam, dificilmente aceitam a separação ou não sossegam ate encontrar outra pessoa.
• O medo de ficar sozinho tira o sono.
• São capazes de loucuras para não perderem a companhia.

Sintomas de mulheres e homens que amam demais e demonstram serem dependentes afetivos.

• Desejam exageradamente ter um parceiro (a).
• O término de um relacionamento é um trauma.
• Não sossegam até encontrar um novo parceiro ou parceira.
• Esquece os elogios que recebem e supervalorizam as críticas.
• A vida é baseada exclusivamente em fatores externos.
• Passa a vida esperando pelo homem ou a mulher dos sonhos. Têm picos depressivos, ira, culpa e ressentimentos.
• Ataques de violência contra si e contra os outros.
• Sente ódio de si mesmo (a) e consegue justificá-los.

Psicólogo trabalha os seguintes conceitos:

1) Assumir a dependência

O primeiro passo fundamental para qualquer pessoa que lida com dependência afetiva é reconhecer e assumir a dependência emocional. Ao fazer isso, abre-se a porta para a possibilidade de aderir ao tratamento de forma mais eficaz e construtiva.

A conscientização e aceitação da dependência emocional são marcos importantes na jornada de recuperação. Reconhecer que se tem esse desafio emocional permite ao indivíduo buscar ajuda e apoio, seja por meio de terapia, grupos de apoio ou outros recursos disponíveis.

Assumir a dependência emocional não apenas facilita a adesão ao tratamento, mas também é um passo crucial em direção à autorreflexão e ao desenvolvimento pessoal. Isso possibilita a identificação das origens da dependência, a compreensão de padrões de comportamento disfuncionais e o trabalho na construção de relacionamentos mais saudáveis e equilibrados.

Portanto, reconhecer a dependência emocional é o ponto de partida para a transformação e a recuperação, abrindo caminho para um processo terapêutico e de autodescoberta que pode levar a uma vida emocional mais equilibrada e satisfatória.

2) Identificação das qualidades

Nesse contexto, o psicólogo desempenha um papel essencial ao auxiliar o paciente a resgatar e reconhecer suas conquistas e qualidades. O dependente passa a enxergar seus pontos fortes e virtudes, muitas vezes ofuscados por suas lutas e desafios.

Esse encontro terapêutico promove um aumento da autoestima do paciente, pois ele começa a perceber o valor de suas realizações e potencialidades. A autoestima é fortalecida quando a pessoa se conscientiza de que possui habilidades e características positivas que merecem reconhecimento.

Além disso, as limitações, que antes podiam parecer como sentenças intransponíveis do destino, começam a ser vistas como oportunidades de melhoria. O paciente passa a encarar suas fraquezas como áreas onde ele pode crescer e se desenvolver, em vez de obstáculos intransponíveis. Esse redirecionamento de perspectiva abre caminho para o crescimento pessoal e a superação de desafios.

Em resumo, a identificação das qualidades e conquistas, com o auxílio do psicólogo, é um passo crucial na promoção da autoestima e no redirecionamento de perspectiva em relação às limitações. Essa jornada terapêutica capacita o paciente a se enxergar de maneira mais positiva e a encarar desafios como oportunidades de crescimento e transformação.

3) Assumir as rédeas da vida

O paciente toma para si o controle da sua vida e assume responsabilidades pelos seus atos. Isso envolve aprender a dizer “NÃO” quando necessário e encerrar comportamentos destrutivos. A pessoa decide trilhar um caminho com determinação, mantendo a cabeça erguida.

Quando alguém assume o controle de sua própria vida, está reconhecendo que é o principal protagonista de seu destino. Isso implica em tomar decisões conscientes e assumir a responsabilidade por suas escolhas, sejam elas relacionadas à saúde, relacionamentos, trabalho ou outras áreas da vida.

Aprender a dizer “NÃO” é um passo importante para estabelecer limites saudáveis e proteger o bem-estar. Dizer “NÃO” quando se sente sobrecarregado, pressionado ou em situações prejudiciais é uma forma de autocuidado. Isso permite que a pessoa priorize suas necessidades e evite comportamentos ou compromissos que possam ser prejudiciais.

Encerrar comportamentos destrutivos demonstra um compromisso com o crescimento pessoal e a saúde mental. Isso pode incluir abandonar vícios prejudiciais, padrões de pensamento negativos ou relacionamentos tóxicos. Ao fazer isso, a pessoa se liberta de correntes que a prendem e pode seguir em direção a um futuro mais positivo.

Assumir a liderança de sua própria vida e manter a cabeça erguida ao seguir um caminho de autodescoberta e crescimento é um testemunho de força e resiliência. Esse processo pode ser desafiador, mas é uma jornada que permite que o indivíduo viva de acordo com seus valores e objetivos, buscando a realização pessoal e a felicidade.

4) Consciência da personalidade e fazer novas amizades e contatos
Cada indivíduo possui uma personalidade.

Cada indivíduo possui uma personalidade única e intrincada. Algumas pessoas são naturalmente mais expansivas, enquanto outras tendem a ser mais introspectivas. Dentro dessas variações de personalidade, os relacionamentos que desenvolvem possuem nuances e características distintas. Não importa se alguém tem um grande número de amigos ou é mais inclinado à introspecção. Cultivar uma rede sólida de relacionamentos é fundamental para a saúde mental e física.

A compreensão da própria personalidade desempenha um papel crucial na construção de conexões significativas. Pessoas extrovertidas, por exemplo, podem sentir-se mais à vontade em situações sociais, o que lhes permite fazer amizades com facilidade. Enquanto isso, os indivíduos mais introvertidos podem preferir interações mais íntimas e profundas. O importante é que ambos os tipos de personalidade têm a capacidade de estabelecer laços significativos com os outros.

Além disso, fazer novas amizades e contatos é uma parte fundamental do crescimento pessoal e do bem-estar. Conhecer pessoas novas pode expandir horizontes, proporcionar novas perspectivas e enriquecer a vida de diversas maneiras. Independentemente do seu tipo de personalidade, é essencial manter uma mente aberta e disposta a se conectar com novas pessoas.

A qualidade dessas conexões é mais importante do que a quantidade. Ter amigos próximos em quem você possa confiar e compartilhar experiências é valioso. Relações profundas e significativas podem oferecer apoio emocional, reduzir o estresse e melhorar a saúde mental. No entanto, também é benéfico manter uma ampla rede de contatos, pois isso pode abrir portas para oportunidades profissionais, enriquecer sua vida social e promover o aprendizado contínuo.

5) Estabeleça metas para a vida.

Objetivos em curto prazo que seja prazeroso e saudável.
Exercícios físicos, viagens, adquirir novos conhecimentos um hobby e fazer novos amigos. E fazer o bem, se sentindo útil e generoso.

6) Desintoxicação afetiva

Aqui, a pessoa aprende a viver a própria vida. Conversar com alguém de fora ajuda a clarear as ideias. O profissional resgata as pendências que tornaram o indivíduo um dependente afetivo. Neste processo, o paciente descobre suas qualidades, aprende a superar as limitações e cuidar das feridas. A pessoa interrompe comportamentos destrutivos e impede abusos de pessoas manipuladoras.

É difícil encontrar quem não tenha expectativas irreais sobre o outro. Mesmo quem não apresenta os sintomas citados, vez ou outra espera por pessoas mágicas que as livrará de todo o mal. Podemos nos decepcionar por não sermos correspondidos. Não tem nada de errado querer ter amigos ou viver relacionamentos amorosos. Redes de relacionamentos como já disseram é ótimo para a saúde psicológica e física. Entretanto, cada um é responsável pela sua felicidade.

Não implore por amizade. Não se rasteje por amor. Nenhum ser humano merece se humilhar para não ficar sozinho.

Não nascemos para viver na sombra de ninguém. Vivemos para aprendermos com as experiências sejam elas boas ou ruins. Amizades e relacionamentos amorosos oferecem a oportunidade de crescimento emocional quando percebemos que somos um separado e temos nossa essência.


A troca afetiva é valiosa em todas as relações saudáveis e harmoniosas. Quando a soma e o investimento equilibrado nas relações humanas forem os principais objetivos de sua vida fica mais fácil contornar os conflitos e as dificuldades que sempre existirão nos relacionamentos.
E o grande aprendizado da nossa existência é aprender a lidar com o que é diferente, não acham?

Psicóloga Daniela Carneiro

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